terça-feira, 3 de março de 2009

ORVALHO NO FOGUETE DOS TEMPOS




Fui o homem

em busca de mim mesmo

ENCONTREI
UM VENTRE ROTO DE CRIANÇA


e
passei adiante

E EU ERA CRIANÇA

voltei à velocidade do espanto
o Menino apodrecia
exposto à visitação pública

BUSQUEI A MORTE

vejo os últimos Deuses
que fo d/g em com o ânus drogado

E A MORTE NÃO VEIO

rangem dentes atômicos
da besta

CHEGAM OS MORTOS
CAVALGANDO
GEOMETRIA DE LÁGRIMAS

es)correndo pelos olhos
que abriram tarde demais

pelo nariz
fedores escondidos

sorrisos
esquecidos gritos
escuros contidos

vísceras afogadas
vômitos de mim mesmo

inútil genitália
de orgasmos enfermos

ESTÃO CURRANDO MINHA ALMA

mas prometo não sobreviver
à morte de meu sonho.

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